domingo, 25 de setembro de 2011

Campus binacional em Oiapoque - UNIFAP...


Na semana em que políticos locais discutem as inquietações e as conseqüências socioeconômicas que a inauguração da ponte sobre o Rio Oiapoque representará para o Estado, a Universidade Federal do Amapá (Unifap) dá uma boa notícia: o início das obras do campus binacional. A implantação da instituição ao norte do Amapá é um dos frutos da assinatura do Plano de Ação Franco-Brasileiro assinado na cidade de Saint Georges em 2008.

Os trabalhos foram autorizados pelo Governo Federal e iniciaram na última quinta-feira (22). A previsão de término é de 540 dias, cerca de um ano e meio. Uma equipe formada por técnicos e professores da instituição esteve presente no município fronteiriço para acompanhar os trabalhos iniciais. As obras importam um volume de recursos na ordem de R$ 4. 734, 824,88, captados junto ao Governo Federal por meio do Ministério da Educação (MEC).


Uma das características do campus binacional será o fortalecimento da formação indígena. A peculiaridade do município, com a maciça presença de aldeias em seu território, é a justificativa para o investimento intelectual nessas populações. O reitor da Unifap, professor José Carlos Tavares, adiantou que a meta é levar ao Oiapoque cursos voltados para a área da saúde, além dos já programados por uma comissão formada por professores de vários colegiados da Unifap. “A formação indígena nesse campo é de extrema importância para sanar esse [assistência em saúde] que é um dos maiores problemas apontados pelos próprios índios”, afirmou o professor.

O reitor informou que uma equipe de professores da área de saúde será destacada para começar a formatação e estudar a viabilidade de fundação desses cursos. Crianças da rede pública de ensino e Índios de diversas etnias estiveram presentes para prestigiar o início das obras. Erlis dos Santos Karipunas, morador da aldeia do Piquiá, disse que seria ideal para os índios receber formação em saúde. “Nós estudaríamos na região e poderíamos usar os conhecimentos adquiridos para cuidar dos nossos pares”, avaliou.

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