quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O boneco de neve das ilhas

Ilustração Kiro. Foto de Nicole Calandra
Um conto de Nicole°°°
Era uma vez em um pequeno vilarejo da Polinésia as crianças nunca tinham visto a neve. Eles não sabiam que em seu país no mês de dezembro, fazia muito calor para que a neve caisse. E se um dia viesse a nevar ela derreteria rapidamente!
Mas nesse pequeno vilarejo depois de longos meses os adultos tinham preprados uma surpresa para as crianças. E nas vésperas de Natal eles estavam todos reunidos na praça em frente ao mar, em torno de uma ceia cheia de frutas, de flores e doces tipicamente tropical. Anaé, uma menina que morava na ilha não queria ser a ultima a descobrir que os adultos tinham preparados para eles, e ela estava no hospital acompanhando seu avô:
- "Rapido vovô Papoune vamos perder a festa !"
Papoune não tinha pressa e conhecia o grande segredo, e ele rir de prazer. Seus olhos negros brilhavam de malícia.
Cercados de conqueiros e de lindas flores, a praça ficou rapidamente cheia de crianças do vilarejo.
De repente chega um grande container, com um laço enorme de seda amarela.Ele chamava atenção e atiçava a curiosidade das crianças que se amontoavam ao redor do grande presente.O containe tinha sido depositado na noite anterior quando eles dormiam. O chefe do vilarejo e o professor da pequena escola local, junto com o padre esperavam que todos estivessem na praça para anunciar a surpresa.
As crianças tinham pressa de descobrir o presente. O chefe do vilarejo faz sinal para que todos fiquem em silêncio. Todoss escutavam somente o barulho da ondas do mar.
- "Eis o momento tão esperado depois de um mês de ansiedade. Vocês terão o prazer de descobrir o presente surpresa", anuncia o chefe do vilarejo.
Ele pega a tesoura para cortar a fita amarela dizendo:
- "Agora vocês podem abrir a porta desse containe e descobrir a surpresa".
Dois homens se colocaram em frente ao container e começaram a abrir lentamente as portas. As crianças se apressavam para ver o que se escondia dentro dele.
- "Oh, oh", diziam os pequeninos cheios de emoção.
O que eles viam os deixou sem vozes, sob os olhos estupefatos uma camada de neve de 50cm cobria o solo do container e formava até um pequeno monte ao centro. No alto desse pequeno monte as crianças descobriram um pequeno boneco de neve, com um olhar surpreso elas o admiravam. Eles não estavam sonhando! Eles nunca tinham visto a neve e ainda por cima um boneco de neve.
O chefe local falou em alta voz:
-"Então crianças, isto é bem a neve que vocês vêem aqui. Este boneco de neve foi feito especialmente para vocês por crianças do outro lado do mundo".
Os risos se espalhavam pela orla da praia, os aplausos de alegria toda essa felicidade tomou conta da ilha.
Anaé que estava na primeira fila do espetaculo espichava os olhos e olhava paraz seu avô sorrindo de felicidades como todas as outras crianças.
-"Vocês podem tocar e brincar com a neve, ela é para vocês", diz o professor no meio da roda.
As crianças correram para o container para tocar pela primeira vez esta substância desconhecida, até então. Anaé pegava a neve em sua mão e dizia :
- " Oh, ela é fria!"
Seu avô ria de ver sua surpresa.
- "Ela cola nas mãos", dizia o menino ao lado pulando de alegria.
- "Parece água", dizia com ar de surpresa uma menina desapontada percebendo que a neve derretia em contato com suas mãos quentes.
Logo, logo as bolas de neves começariam a voar. Anaé recebeu uma na ponta do nariz e caiu sentada. Seu amigo, Kadi que jogou a bola de neve e ela logo começava a preparar outra para jogar, gritando de alegria.
Ninguém queria tocar o boneco de neve.
Ao cair da noite as crianças sentaram no chão, em frente ao container, e esperaram pacientemente que o pequeno boneco de neve sumisse inteiramente consumido pelo calor tropical.
Elas se lembrariam por muito tempo dessa noite mágica de inverno que veio até elas fortificando a magia dessa noite onde os desejos podem sim se tornar realidade. As lembranças inesquecíveis dessa noite de magia ainda encanta até hoje, nas conversas em torno do fogo, e dentro das casa do vilarejo.

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